sexta-feira, 9 de julho de 2010

eu e o tempo

Olho o relógio mas não percebo a hora, agora pouco importa...
e sem me importar pro tempo, passam as horas, os dias, os meses...
tudo muda, os pequeninos, crescem... a primavera se vai...
os dias de calor mudam para frios...
o sol se esconde na noite... e ao aparecer é a lua que foge...
e indiferente a tudo isso, Eu.
Eu que penso que pouco mudo e que nada muda...
eu, que acredito ser uma eterna criança, que tenho medo de encarar a vida...
eu, que me sinto perdida em relação ao mundo que gira ao meu redor..
eu, singular, que me pluralizo para tentar me encontrar..
que me divido tentando me encaixar, mas, não é nada disso que eu quero...
não é isso que me importa...
não sou eu que me importo..
não é o tempo que se importa...
o tempo sequer nota que eu existo..
pouco se importa se me afeta ou não...
ele sabe que é impossível passar pela vida sem notá-lo...
sinto por aqueles que já se foram... o tempo se encarregou de amenizar a ausência sentida...
e a saudade existente é uma forma dele, o tempo, se manifestar sutilmente ...
e passa o tempo...
e o tempo passa..
e eu pareço permanecer
e o que eu penso que talvez tenha passado, pode ser que nunca tenha ido,...
permanece, presente, vivo dentro de mim.

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